Bombeiros da Covilhã querem videovigilância na Serra da Estrela

O presidente da direcção da Associação de Bombeiros da Covilhã, Joaquim Matias, apelou hoje à instalação, na Serra da Estrela, de um sistema de videovigilância que permita a deteção "quase ao minuto" dos incêndios.

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Lusa
30/08/2013 21:56 ‧ 30/08/2013 por Lusa

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Joaquim Matias falava durante uma conferência de imprensa na qual foi feito um balanço da atividade ao longo deste ano, com ênfase para os dois violentos incêndios que deflagraram no concelho nos dias 15 e 23 de agosto.

No primeiro fogo um bombeiro perdeu a vida no combate às chamas e no segundo foram dizimados vários hectares do Parque Natural da Serra da Estrela.

Incêndios que, defendeu aquele responsável, poderiam ter sido detetados mais rapidamente se existisse no concelho "um sistema de videovigilância igual ao que existe em mais três concelhos (Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Proença-a-Nova) do distrito de Castelo Branco.

"Considero imperioso que também se monte um sistema de videovigilância no nosso concelho", referiu.

De acordo com Joaquim Matias, o sistema não custará mais de 35 mil euros e poderia ser "cofinanciado por outros municípios", principalmente se este fosse colocado na Serra da Estrela.

"Não sou especialista, mas tendo em conta que o ponto mais alto do concelho é a Serra da Estrela, parece-me que seria a localização ideal para ter uma maior área de abrangência, o que eventualmente nos levaria a outros concelhos e a conseguir o apoio destes", afirmou o presidente da direção dos bombeiros, que também é candidato do PSD à Câmara Municipal da Covilhã.

Em jeito de balanço, Joaquim Matias, que esteva acompanhado por outros elementos da direção dos bombeiros covilhanense, referiu que a corporação registou "até dia 27 de agosto 6.460 ocorrências, que envolveram 14.962 bombeiros, tendo sido utilizadas 7.052 viaturas, que percorreram 618.794 quilómetros".

Este responsável revelou ainda que foram consumidos 77.514 litros de combustível, pagos, como fez questão de frisar, a 1.45 euros, em vez dos 1.20 euros pelos quais a corporação é ressarcida.

Quanto aos incêndios que marcaram o mês de agosto, Joaquim Matias garantiu que os "custos foram elevados", mas escusou-se a avançar números "por as contas ainda não estarem encerradas".

"Podemos para já adiantar, que recebemos hoje mesmo, para a ajuda de combustível, 3.900 euros da Associação Nacional de Proteção Civil", concluiu.

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