O incêndio na Serra do Caramulo arrasou culturas, destruiu casas e levou à morte bombeiros das corporações do Carregal do Sal e do Estoril. O fogo lavrou durante mais de duas semanas, sem dar tréguas aos bombeiros, e destruiu mais de metade da serra, de acordo com os dados provisórios divulgados pelo JN.
Foram mais de nove mil hectares ardidos (de um total de 16 mil que compõem a serra), nos concelhos de Vouzela, Oliveira de Frades, Águeda e Tondela. Este último foi o município mais fustigado pelas chamas, com seis mil hectares de pinheiros ardidos, o correspondente a seis mil campos de futebol.
Na autarquia, já foi activado a Fundo de Emergência Municipal, que vai compensar a população pelos prejuízos do fogo, depois de feito o levantamento pelo Instituto Nacional de Estatística.
“Tudo o que estiver relacionado com o fornecimento de água, barracões agrícolas, alfaias e animais vão ser abrangidos pelo Plano”, garantiu o vice-presidente da Câmara de Tondela, António Jesus, acrescentando que a prioridade “deve estar centrada nos riscos imediatos associados à erosão e contaminação das linhas de água”.
Para isso, o responsável considera determinante a intervenção do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta, para que sejam tomadas medidas preventivas e de planeamento e ordenamento da floresta.