O alerta foi dado pelo vice-presidente do Sindicato de Professores da Grande Lisboa (SPGL), Manuel Grilo, e dá conta do regresso de turmas com mais alunos de vários níveis de escolaridade. De acordo com o Diário de Notícias, esta prática é cada vez mais usada e, a título de exemplo, nas escolas Quinta de Marrocos, em Benfica, das 15 turmas regulares, dez têm misturados alunos de dois anos diferentes.
Para o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira, esta solução, as chamadas escolas de lugar único, é habitual mas para turmas com 12 a 15 alunos por professor, contudo, tem-se verificado a criação de classes com mais de 26 crianças.
Ao Diário de Notícias, Manuel Pereira defende que a “regra” imposta dizia respeito a “cumprir os máximos”, ou seja, dividir o número de alunos aceites pela quantidade de turmas estipuladas, mesmo que tal implicasse juntar numa mesma sala crianças com escolaridade diferentes.
“Além de ser muito cansativo para o professor, é muito complicado, porque na prática não há apenas dois anos diferentes, há muitos níveis, já que as crianças têm ritmos muito diferentes”, critica Manuela Pereira.
Porém, nem Manuel Pereira nem Manuel Grilo consideram esta tendência prejudicial aos alunos, mas defendem que, nestes casos, as turmas deveriam conter menos alunos.