Bombeiros 'na mira' da GNR

Dois bombeiros da corporação de Penedono, um de Vila Nova de Paiva, e os comandantes das corporações de Farejinhas e de Moimenta da Beira estão a ser investigados, pela GNR e pelo Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), por eventual uso indevido da técnica de contrafogo no combate a incêndios este Verão. A denúncia, conta o Jornal de Notícias, foi feita pelo presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, frisando que estes operacionais “não são criminosos”.

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Notícias Ao Minuto
17/09/2013 08:08 ‧ 17/09/2013 por Notícias Ao Minuto

País

Incêndios

“O SEPNA tem identificado uma série de bombeiros do distrito de Viseu, que estão a ser perseguidos por causa do uso de contrafogo nos incêndios florestais”. A acusação é do presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Viseu, Rebelo Marinho, que contesta a investigação, sustentado que “os bombeiros não são criminosos, [pelo que] é uma humilhação estarem sujeitos a interrogatórios e serem confrontados com fotografias tiradas dos incêndios, com o objectivo de serem conduzidos processos nos tribunais”.

Sob investigação, revela o JN, estão dois bombeiros da corporação de Penedono, um de Vila Nova de Paiva, e os comandantes das corporações de Farejinha (Castro Daire) e de Moimenta da Beira.

Contactado pelo JN, o chefe do SEPNA em Viseu, o tenente-coronel José Machado, esclareceu que uma das missões da entidade que dirige “é investigar as causas dos incêndios e procuramos todas, incluindo o uso do contrafogo, que temos de verificar se foi ou não autorizado”.

Saliente-se que, esta técnica, que visa criar uma área queimada para travar o incêndio quando este chega ao local, pode ser aplicada por bombeiros e elementos dos serviços florestais desde que autorizados pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o que caso não se verifique pode ser punível com um a oito anos de prisão.

Contudo, Rebelo Marinho não acredita que a “ANPC, que nem sempre pode estar no terreno, faça melhor avaliação do uso do contrafogo do que os bombeiros que estão no teatro de operações”, por isso apelou à alteração da lei.

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