O caso remonta ao passado mês de Agosto, quando um homem de 34 anos foi detido pelas autoridades em Penafiel, acusado de violar uma das filhas, uma menina de 14 anos que nessa altura já estava grávida do próprio pai.

Ontem, a menor foi ouvida no Tribunal da cidade e, apurou o Diário de Notícias (DN), manifestou a intenção de seguir em frente com a gravidez, que vai já em 25 semanas. O Ministério Público defende porém que a gravidez deve ser interrompida.

O facto é que nenhuma decisão foi ainda tomada e já foi ultrapassado o prazo legal de 24 semanas para a interrupção da gravidez.

Na sequência da detenção do progenitor, as duas menores foram entregues aos avós paternos e posteriormente levadas para uma instituição, onde ainda permanecem. A mãe das crianças abandonou-as, escreve o DN, acrescentando que o pai das mesmas voltou a casar, mas a segunda mulher também o deixou.

Nessa altura, tentou suicidar-se e as crianças foram-lhe retiradas e entregues aos cuidados da avó materna. Após a sua morte, o tribunal decidiu voltar entregar a carga das menores ao pai, considerando que este reunia condições para tal. Mas parece ter tomado a decisão errada.