No universo de 51 hospitais públicos em Portugal, 31 falham as metas impostas pela troika no que diz respeito aos prazos médios de pagamentos a fornecedores a 90 dias.
Segundo o Diário de Notícias, 61% das unidades e centros hospitalares não obedece a esta meta e existem 19 instituições que ultrapassam o prazo em mais do dobro, como é o caso do Centro Hospitalar de Setúbal (com uma média de 754 dias), o Centro Hospitalar do Baixo Vouga (669 dias) e o Hospital do Litoral Alentejano (com 606 dias).
Os números serão assustadores, mas revelam algumas melhorias em relação ao ano passado.
Fonte de uma administração hospitalar revelou ao mesmo jornal que os “programas extraordinários de regularização da divida têm corrigido este problema, referindo-se a uma injecção por parte do Estado de 1.932 milhões de euros para o pagamento de dívidas, que há dois anos ultrapassavam os três mil milhões de euros.
Em declarações ao Diário de Notícias, a presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, Marta Temido, afirma que alguns hospitais têm a “situação completamente estável”, mas que noutros é “muito complicada”.