Cerca das 10:00, a EB1 número 09 de Marvila já estava aberta, mas permaneciam pendurados alguns cartazes de protesto, com queixas contra a turma que inclui vários anos e "contra a violência de auxiliares".
Ana Bateira, encarregada de educação, disse à agência Lusa que os anos letivos têm durado "nove meses", devido ao atraso na colocação de professores, e lamentou a presença de alunos de diferentes anos na mesma turma.
"Uma professora para três anos diferentes. Como é que os alunos vão fazer os exames nacionais sem bases?", questionou aquela mãe, rodeada de outros encarregados de educação, que se mostravam preocupados face à possibilidade de os filhos poderem "chumbar por causa do sistema".
Com o caderno de matemática do filho aberto, outra mãe mostrava as quatro páginas de trabalhos de casa diários que a professara indica, "porque durante o dia, não tem tempo para ensinar".
A presença de "duas funcionárias durante a manhã e de outras duas durante a tarde para 130 crianças" foi outra das críticas feitas pelos pais, que alertaram para a alegada ocorrência de "agressões" por parte de algumas funcionárias.
Os pais têm procurado respostas da coordenadora da escola, do agrupamento e da Direção Regional de Educação de Lisboa e prometem que, se não obtiverem resposta, "amanhã (terça-feira) fecham outra vez na escola".
No local, estiveram vários agentes da PSP, que, segundo os pais, abriram o portão e retiraram os cartazes de protesto.
Fonte policial avançara à Lusa que a situação foi comunicada pelas 08:56 e que pais dos alunos estiveram a ser identificados.
A agência Lusa tentou obter, sem sucesso até ao momento, informações sobre este caso junto do Ministério da Educação.