O Clube dos Pensadores, na figura do seu fundador, Joaquim Jorge, emitiu um comunicado, na sequência dos protestos feitos ontem pelo movimento ‘Que se lixe a troika’ durante a intervenção de Paula Teixeira da Cruz, afirmando que, mesmo tendo sido proferidas palavras que “passam o limite do admissível”, foi a “presença massiva de órgãos de comunicação social” que empolou o alarido.
A Ministra da Justiça discursava em mais uma sessão do Clube dos Pensadores, em Gaia, quando uma dezena de pessoas começou a gritar palavras como “demissão”, “assassinos”, “traidores” ou “ladrões”.
Joaquim Jorge explica que compreende os intuitos dos protestantes (criticar o governo e chamar a atenção para a manifestação 'Que se lixe a troika' marcada para 26 de Outubro) mas afirma que a comunicação social divulgou com mais “ênfase” o protesto em si do que o “que se disse no debate”.
O responsável afasta a ideia de que o Clube dos Pensadores pretenda, através do incidente, qualquer tipo de mediatismo, e realça ainda que o Clube dos Pensadores “pugna pela liberdade na sua essência”, de expressão, reunião e manifestação. Mais acrescenta que “os protestos eram direccionados para o gGverno em geral e não para a Justiça ou para Paula Teixeira da Cruz”.