"Só resta exilar Soares"

O escritor e colunista, Fernando Dacosta, escreve hoje no jornal i sobre a recente entrevista do histórico do PS, Mário Soares, à rádio TSF e DN, considerando que o ex-candidato a Belém “tornou-se o líder da oposição (moral)” que faltava ao País. Desta forma, sustenta o escritor, “só resta aos poderes estabelecidos (…) exilá-lo”.

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Ana Lemos
17/10/2013 14:38 ‧ 17/10/2013 por Ana Lemos

País

Fernando Dacosta

“Nunca ninguém foi tão longe em relação a governantes” como o histórico do PS, Mário Soares, no passado domingo que, numa entrevista à rádio TSF e ao jornal Diário de Notícias (DN), chamou “com todas as letras os nossos principais dirigentes ‘delinquentes’”, salienta hoje o escritor Fernando Dacosta, na coluna de opinião que assina no jornal i.

Na opinião do escritor esta entrevista “teve efeitos de furacão num País amodorrado, amarrado pelo poder tricéfalo do PSD/CDS/PR” e “provocou ondas de choque parecidas, há já quem diga, às de Humberto Delgado quando, em 1958, afirmou demitir, obviamente, Salazar se ganhasse as eleições”.

Fernando Dacosta salienta que “nunca um político com o seu prestígio, a sua obra, a sua cultura, a sua experiência, a sua projecção ousou dizer na praça pública o que ele [Mário Soares] afirmou”.

O histórico do PS “tornou-se” por isso, considera o escritor, “o líder da oposição (moral) que nos faltava, a bandeira da nossa traída dignidade, a energia contra o nosso medo - como o foi, em jovem, ao enfrentar o fascismo e o colaboracionismo, não hesitando em propor, hoje como ontem, rupturas (…) e saltos para o futuro”.

“Tornado há muito demasiado sólido para ser destruído, ou difamado, ou ridicularizado, (…) demasiado visível para o calarem, (…) só resta aos poderes estabelecidos seguirem, repetindo-a, a decisão do saudoso Dr. Salazar: exilá-lo”, conclui Fernando Dacosta, que sugere “África” para onde “Rui Machete dará uma preciosa mãozinha”.

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