"A audiência decorreu em ambiente de cordialidade e esclarecimento recíprocos", afirma em nota à imprensa a assessoria de Assunção Esteves.
Representantes do movimento cívico "Que Se Lixe A ´Troika'!" (QSLT) foram hoje recebidos pela Presidente da Assembleia da República e afirmaram que Assunção Esteves "não se opôs" à ocupação da escadaria no protesto agendado para 26 de outubro.
Assunção Esteves fez agora questão de anunciar que teve oportunidade de "ouvir as pretensões do movimento" e de o informar que a decisão em causa cabe às autoridades de segurança.
Assunção Esteves refere que se as estas autoridades verificarem que existem condições de segurança e permitirem a realização daquela pretensão, também a presidente "não se opõe".
A advogada Lúcia Gomes, do QSLT, afirmou aos jornalistas nos Passos Perdidos do parlamento, que Assunção Esteves "não se opôs a qualquer tipo de manifestação cultural e a qualquer tipo de espaço" que seja ocupado pelos cidadãos.
A advogada estava ladeada pelos cantores Carlos Mendes, Francisco Fanhais e Filipa Pais.
A comitiva deste movimento esteve reunida cerca de 15 minutos com a presidente da Assembleia da República, antes da sessão plenária.
"A opção, claramente securitária e repressiva, é do Governo - ficou claro da audiência com a Sra. Presidente. Não aceitamos qualquer intimidação ou coação sobre a manifestação de 26. Vamos fazê-la. Acabaremos em frente à Assembleia da República, sejam quais forem as condições", continuou Lúcia Gomes, referindo-se às barreiras de proteção, normalmente colocadas na base da escadaria do Parlamento e que impediriam o plano inicial dos manifestantes.
Os membros do "Que Se Lixe A ´Troika'!" pretendem desfilar do Rossio até São Bento, em 26 de outubro, a partir das 15:00, e ocupar depois os degraus de acesso à "Casa do Povo", por se tratar de um "anfiteatro natural".
O objetivo é ter as melhores condições para as diversas intervenções políticas e eventos culturais previstos, contra o executivo de Passos Coelho e Paulo Portas e as instituições com as quais Portugal tem um acordo de resgate financeiro (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).