João Rendeiro, que está acusado pelo Ministério Público de burla qualificada e co-autoria com Paulo Guichard e Fezas Vital, tem um novo inquérito judicial, noticia hoje o Público.
Em causa estão alegadas vendas de obras de arte que o ex-banqueiro fez ao BPP, enquanto era presidente daquela instituição bancária.
Para isso, João Rendeiro utilizou uma galeria de arte e dinheiro em paraísos fiscais, os chamados ‘off shores’, o que serviu para o ex-dirigente do BPP participar no aumento de capital da Privado Financeiras, uma outra operação pela qual vai ser julgado, juntamente com Paulo Guichard e Fezas Vital.
Na prática, João Rendeiro vendeu obras de arte no valor de 1.825.246,70 euros, a 29 de Fevereiro de 2008 ao BPP, através da Galeria de Arte Cristina Guerra, em Lisboa, tendo angariado 1.704.500 euros por tal transacção.
Posteriormente, o ex-banqueiro transferiu este dinheiro para a Corbes Group, um off shore em Delaware, nos Estados Unidos. De seguida, enviou ainda 610.000 euros da Corbes Group para a Telesis Holding, um outro paraíso fiscal localizado nas ilhas Caimãs, Grã-Bretanha.
Além disso, investiu 3.000.000 euros na Privado Financeiras, entidade gerida pelo BPP.