A escola secundária Stuart Carvalhais, em Massamá, tão cedo não esquecerá a manhã de dia 14 de Outubro, quando Gonçalo, um aluno de 15 anos, entrou dentro da sala de aula com uma granada de fumo e esfaqueou três colegas e uma funcionária.
Segundo o Jornal de Notícias, o rapaz já há muito que dava indícios de que algo não estava bem: ameaçava que tinha bombas, não reagia bem face comentários menos agradáveis e chegou a dizer a duas colegas: “Vou-vos matar a todos”.
Estes comportamentos, quando isolados, são próprios de um adolescente de 15 anos mas não se deve menosprezar o comportamento dos jovens como comportamentos isolados. Devem ser vistos atentamente.
Margarida Gaspar de Matos, psicóloga especializada em adolescentes, afirmou: “Estas coisas acontecem sempre numa espiral crescente de problemas de desajustamento pessoal e social onde, numa certa altura, há uma ruptura, seja de carácter delinquente ou um surto de perturbação mental”.
Os pais desempenham um papel crucial no acompanhamento de jovens susceptíveis de desenvolver comportamentos semelhantes. De acordo com especialistas, estes devem conversar com os filhos, esforçar-se por fazer actividades em família, impor disciplina e não aceder a tudo o que o que eles pedem pois devem aprender desde cedo a lidar com a rejeição.