As mortes auto-infligidas aumentaram de 2011 para 2012 em 64 casos, de acordo com Público, com base em dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística. No ano passado houve 1.076 mortes por “lesões autoprovocadas intencionalmente”, no entanto, continuam abaixo das 1098 mortes registadas em 2010.
A mesma publicação avança ainda com o aumento de casos entre os mais velhos, 727 mortes das 1076 registadas foram cometidas por pessoas com 50 ou mais anos de idade, números que não serão reais dado que muitas pessoas não registam as mortes de familiares como suicídios, seja por causa da religião ou por causa dos seguros.
Carlos Pinhão Ramalheira, autor do estudo ‘Epidemiologia do Suicídio em Portugal – 1902-2010’, afirma que o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio não está preparado para este aumento de casos na 3ª idade, visto que dá prioridade a acções de prevenção entre os mais jovens (o programa +Contigo já está em vigor em várias escolas do país).
Em 2012 foram registados 11 casos de mortes por suicídio em jovens dos 5 aos 19 anos, 57 vezes menos que os registados na faixa etária acima dos 50 anos.
No entanto, José Carlos Santos, professor na Escola de Enfermagem de Coimbra, lembra que os comportamentos autolesivos são muito frequentes nos mais jovens e, se não forem tratados atempadamente, podem desembocar em tendências suicidas em idade mais avançadas.
Neste momento, no respeitante aos idosos, o plano nacional de suicídio prevê a “sinalização e monitorização dos que vivem isoladamente” e uma “maior vigilância e supervisão do seu estado de saúde”.