Afirmando-se "perplexo", Fernando Nobre, candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, mostrou-se incrédulo por a instituição que dirige ter sido incluída entre as 26 fundações que vão sofrer um corte de 30% nos apoios governamentais.
"Não me passa sequer pela cabeça, não quero acreditar e muito menos aceitar que tal pudesse acontecer numa situação de emergência social" com é a actual, disse Fernando Nobre, contactado por telefone pela agência Lusa no arquipélago de Bolama, na Guiné-Bissau, onde a AMI desenvolve um projecto de apoio à saúde pública.
O Governo anunciou na terça-feira a extinção de quatro fundações e recomendou a extinção de outras 36, além de cortes nos financiamentos a várias dezenas, com os quais anunciou pretender poupar 200 milhões de euros por ano.
"Não quero crer que haja tamanha insensibilidade social", prosseguiu Fernando Nobre, dizendo que um eventual corte de 30% iria ter a mesma repercussão percentual no trabalho social que a AMI desenvolve em Portugal, já que os apoios que recebe do Estado são todos para projectos em território nacional.