Desde o já longínquo ano de 2007 que Portugal regista uma queda acentuada na confiança que os cidadãos depositam nos partidos políticos.
Porém, os técnicos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) sublinham que estes dados devem ser avaliados com cautela, uma vez que, são uma consequência da conjuntura económica e de tendências, algumas culturais.
Ainda assim, se no ano passado, pouco mais de 20% dos portugueses dizia confiar no Governo, no relatório deste ano, essa percentagem desce para menos de 10%, revela a rádio TSF.
O documento da OCDE explica a crise e a austeridade que impõe afecta a confiança que as sociedades têm em relação aos Estados e aos governos. Pelo que, conclui a organização, esta é uma tendência verificada em vários países, tendo em conta a época de crise que muitos estão a atravessar.
Ainda assim, entre os países membros da OCDE, destacam-se com baixos níveis de confiança, além de Portugal, a Espanha, Grécia e Eslovénia.
Os tribunais também não escapam, com pouco mais de 20% dos portugueses a atribuir-lhes um voto de confiança, principalmente devido à demora que, em média, os processos demoraram a ser concluídos.
Em sentido inverso, o relatório da OCDE, revela que 50% dos portugueses confia em instituições financeiras, como os bancos.