Uma multa de 2,7 milhões de euros permitiu ao director do Centro de Investigação Champalimaud, ‘saltar’ o julgamento num processo-crime de fraude bolsista, nos Estados Unidos, que remonta a 2001, conta o Diário de Notícias.
Zvi Fuks terá abusado de informação privilegiada (‘insider trading’) sobre a farmacêutica ImClone, na qual detinha acções, que lhe permitiram ganhar mais de cinco milhões de dólares em bolsa.
Informados pelo presidente executivo da empresa, Samuel Waksal (condenado a uma pena de prisão e 87 meses), de que um medicamento da farmacêutica ia ser chumbado no dia seguinte, Zvi Fuks e radioterapeuta Sabina Bem Yehunda, apressaram-se a vender as acções que detinham no valor de 73 mil dólares.
O negócio acabou, ainda assim, por ser vantajoso o director do Champalimaud, já que os ganhos cobriram o valor da multa paga para evitar um julgamento e uma possível pena de prisão.