A Direcção-Geral da Política de Justiça revelou que nos primeiros seis meses do ano foram registadas 8380 insolvências e falências, 64% das quais relativas a pessoas singulares e não a empresas, de acordo com o publicado pelo Diário de Notícias.
Estes números dão uma média diária de 30 famílias a serem declaradas falidas pelos tribunais, geralmente casais por volta dos 40 anos com filhos. Até 2010 as empresas eram a fatia maior das insolvências e não os particulares.
Estas 8380 insolvências declaradas desde o início do ano têm como causa o desemprego, a crise e os cortes nos salários. É um número bastante superior ao de 2007, quando apenas 123 famílias portuguesas declararam falência.
“Nos últimos quatro anos os casos subiram em flecha (…). Os particulares passaram a ver esta solução como resposta a dar às acções dos credores para cobrança de dívidas”, afirmou um advogado especialista em insolvências.
Em 2012 a DECO recebeu mais de 1100 pedidos de informação junto do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado.