O Metro de Lisboa iniciou hoje mais uma paralisação de protesto contra o Orçamento de Estado para o próximo ano. Esta acção junta-se às restantes 472 greves que se realizaram desde 21 de Junho de 2011, altura em que o Executivo subiu ao poder, até 19 de Novembro de 2013, avança o jornal Público.
De facto, este número já supera a metade dos dias que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, está à frente do País, ou seja 883 dias.
De acordo com dados do Conselho Económico e Social, citados por aquele jornal, a maioria destas paralisações centram-se no trabalho extraordinário, e nos dias de descanso e feriados, existindo, contudo, 42 casos de greves de 24 horas.
Só este ano, os transportes pararam durante 141 dias, com 19 greves de 24 horas. No ano passado, o número foi igualmente alto, tendo sido contabilizados 318 dias de greve dos transportes, das quais 14 tiveram a duração de um dia inteiro.
Depois da paralisação de hoje, segue-se outra acção de protesto do Metro de Lisboa, e ainda greves na STCP, Carris, Transtejo, CP e Refer.
No final do mês, o número de paralisações desde Junho de 2011 ascenderá aos 521. Para grande parte deste número contribuiram as contestações dos trabalhadores da CP, que convocaram desde aquela data, 491 paragens.
Na origem destes protestos mais recentes estão as medidas previstas no Orçamento do Estado para o próximo ano, tais como os cortes salariais da Função Pública, a suspensão dos complementos de reforma em empresas que dêem prejuízos e ainda a nova lei das empresas públicas.