A cirurgia estava marcada para Dezembro, mas uma carta enviada pelo Hospital de Penafiel fez com que Rafaela fosse operada mais cedo. Entre 17 crianças, foi a primeira a ir para o bloco operatório. Ia curar uma apneia do sono, mas acabou por falecer no hospital um dia depois de ter sido operada, conta o Jornal de Notícias.
Os pais estão agora inconsoláveis e culpam a unidade hospitalar penafidelense pela morte da criança. Em causa, defendem, está o facto de a menina só ter sido vista por um médico horas depois de ter vomitado por diversas vezes e de ter sangrado pelos ouvidos.
Ao Jornal de Notícias, os pais contam que os enfermeiros sempre disseram que era normal a menina vomitar tantas vezes pois estava a reagir à anestesia da cirurgia. Mas mais complicações surgiram. Rafaela começou a deitar espuma pela boca, a arregalar os olhos e a contorcer-se. Ao final da tarde um médico examinou-a e foi encaminhada para uma outra ala depois de fazer um TAC inconclusivo.
Momentos depois, os médicos lançam o alerta: a menina ia passar a noite no hospital para ser transferida para o Porto, porque “corria risco de vida”. Contudo, a transferência não chegou a acontecer. A morte cerebral de Rafaela foi declarada na manhã seguinte e confirmada quando pediram aos pais da criança para doarem os órgãos da filha a três menores.
Os pais da menina vão processar o Hospital de Penafiel pela morte da filha.