A Parvalorem, empresa criada pelo Estado para gerir os créditos do BPN, terá herdado uma dívida àquele banco no valor de 17 milhões de euros, que, avança o Diário de Notícias, terá sido contraída no âmbito de um esquema de burla, no qual a empresa do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e do seu sócio, Almerindo Sousa Duarte, estará implicada.
O caso remonta aos anos 2003 e 2004, indica o Diário de Notícias, sendo que, alegadamente, ao mesmo tempo que a empresa detinha uma posição accionista de 1,4% na Sociedade Lusa de Negócios (dona do BPN), terá tirado proveito de um crédito de 20 milhões de euros para financiar um aumento de capital no fundo imobiliário BPN Real Estate.
Volvidos cinco anos, o BPN apresentou uma queixa-crime no Departamento Central de Investigação e Acção Penal, argumentando que teria sido montado um esquema financeiro com o objectivo de a empresa se desfazer das acções que detinha e de amortizar a dívida de 20 milhões ao banco.
Nesse mesmo ano de 2009, o próprio BPN atribuiu à dívida em causa o rótulo de incobrável, conta a mesma publicação.
Saliente-se que o Ministério Público está já há quatro anos a investigar se Vieira foi ou não cúmplice desta eventual burla ao BPN. Ora, e apesar das buscas de que as casas do presidente dos encarnados e do o seu sócio foram alvo em 2010, o inquérito ainda se encontra pendente.