“A vontade dos que se querem manifestar (…) não devia ter ficado ensombrada” pelo desrespeito das regras. O que teve mais gravidade por se tratar de “manifestantes, que pertencem às forças de segurança e que [as] respeitam enquanto estão no activo”, disse esta sexta-feira o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Passos Coelho falava aos jornalistas à margem do encerramento da Cimeira do Turismo, promovida pela Confederação do Turismo Português, em Vilamoura, onde marcou hoje presença.
Questionado sobre a manifestação das forças de segurança, que teve lugar ontem em Lisboa, e que ficou marcada pela subida de profissionais às escadarias da Assembleia da República, o primeiro-ministro sublinhou que este não é “um bom indicador das próprias autoridades de segurança”.
Os incidentes devem, portanto, “servir para que possamos dar uma consequência ao que se passou, de modo a que não haja enfraquecimento das próprias forças de segurança”, acrescentou o chefe de Estado.
“O maior prejuízo é para as forças de segurança e para a tranquilidade dos portugueses”. Ainda assim, “não é necessário rever as regras, é necessário cumpri-las”.
Passos Coelho referiu ainda que “o País não pode permitir a própria degradação da própria autoridade”, rejeitando assim “todos os apelos à violência”.
“O que aconteceu ontem não devia ter acontecido”, concluiu Passos.