Já no próximo ano, se se deslocar a uma urgência hospitalar porque o seu filho está uma dificuldade em respirar ou tem uma otite, não se admire se tiver de responder a um questionário no qual terá de dizer se fuma em casa, no carro ou quantos cigarros.
O objectivo é que os seus hábitos tabágicos passem a constar da história clínica da família nos registos do SNS e no boletim da criança. Trata-se de um ‘cadastro’ para pais fumadores que o Governo quer introduzir da nova lei do tabaco, avança hoje o semanário Expresso.
Fernando Leal da Costa, secretário de Estado adjunto do ministro da Saúde, explica que “a ideia não é culpabilizar mas ajudar a prevenir maiores danos”. Em declarações ao semanário Expresso, um dos promotores desta ideia, José Calheiros, especialista em medicina preventiva e membro da direcção do Instituto Ricardo Jorge, acrescenta que “tem de se envolver a sociedade para mudar a norma, fazendo perguntas na Urgência e nas consultas, para que não se percam oportunidades”.
Ao mesmo tempo que, destaca José Calheiros, os pais fumadores são alertados para o facto de “que ao fumarem no carro expõem as crianças ao mesmo nível de fumo a que é sujeito um bombeiro durante um incêndio”.