"Estado Social não é sustentável se impostos servirem (apenas) para acumular riqueza"

O ex-dirigente da CGTP, Carvalho da Silva, recupera em entrevista ao Diário de Notícias (DN) e rádio TSF as críticas ao Presidente da República, que considera ter sido “um dos piores desastres que aconteceram ao País”, ao mesmo tempo que afasta uma possível candidatura a Belém. Carvalho da Silva afirma também que o “Estado Social não é sustentável se os impostos” forem “para acumulação da riqueza”, em vez de, sustentarem a Educação, Saúde e as infra-estruturas.

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Ana Lemos
24/11/2013 08:33 ‧ 24/11/2013 por Ana Lemos

País

Carvalho da Silva

O convidado do programa ‘Estado da Nação’, do DN e rádio TSF, é esta semana o antigo líder da CGTP, Carvalho da Silva, que reitera a crítica a Cavaco Silva que, na sua opinião, “não tem sido o Presidente [da República] de que o País precisava no sentido em que não tem tido uma atitude ofensiva que leve à mobilização dos portugueses e à criação de esperança, de expectativa, na busca de caminhos de saída”.

“Ele [Cavaco] não tem contribuído para isso” e pior tem “ajudado a submeter [o País] ao caminho da inevitabilidade deste empobrecimento, desta recessão, deste retrocesso social e civilizacional”, afirma Carvalho da Silva, defendendo que na próxima eleição presidencial seria importante escolher um candidato “sem telhados de vidro”.

“Será bom que se consiga no próximo ciclo que haja candidatos que permitam escolhas, que além da resposta a essa questão fundamental que é a identidade com o povo, uma capacidade de interpretar e de propor, também será bom que não vá para lá [para Belém] ninguém com telhados de vidro”, diz o ex-líder sindical, sem esclarecer se pode ser ele um desses candidatos: “Sou tão presidenciável como os milhões de portugueses com mais de 35 anos”.

Nesta entrevista ao DN e rádio TSF, Carvalho da Silva refere também que apesar de ser “preciso ir fazendo reformas, por outro lado, o Estado Social não é sustentável se os impostos , se o valor dos nosso impostos, em vez de ir para a Educação, Saúde, infra-estruturas, etc., for para acumulação de riqueza”.

“O que é que vemos em Portugal? No ano passado, houve um aumento dos nossos super-ricos. O dinheiro vem de algum sítio, não cai do céu. Ele transfere-se. O que vemos com estas políticas de austeridade, em nome do combate ao défice e à dívida, é um conjunto de captação de riqueza vinda dos impostos, das transferências do trabalho para o capital”, salienta Carvalho da Silva, referindo que “passamos a trabalhar mais dias, mais horas e a receber menos”.

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