No final de 2012 eram 435 mil os jovens que não trabalhavam nem estudavam, o número mais elevado dos últimos anos da geração ‘nem-nem’ (a que os técnicos chamam NEET, acrónimo da expressão inglesa Young People Neither in Employment nor in Education and Training) mas que no final do passado mês de Setembro voltou a subir para os 450 mil.
De acordo com os dados hoje avançados pelo jornal Público, mais de metade desta geração ‘nem-nem’ completou apenas o ensino básico, os restantes 29% o secundário e 17% têm no mínimo o curso superior.
O coordenador do relatório sobre o fenómeno dos ‘nem-nem’, Massimiliano Mascherini, alerta que esta geração de jovens é bastante heterogénea mas sublinha que “alguns jovens correm um risco mais elevado de se tornarem NEET do que outros”.
“Os jovens que abandonam o seu percurso escolar têm mais probabilidade de cair nesta situação. Quem tem um baixo nível de instrução tem três vezes mais probabilidades de se tornar NEET do que os que têm um curso superior”, realça Massimiliano Mascherini em conversa com o jornal Público.
Saliente-se que, estes jovens têm entre 15 e 34 anos de idade estão sem qualquer actividade neste momento. Se há casos em que interrompem este ciclo com biscates ou trabalhos precários, o certo é que depois voltam ao mesmo. O sentimento é comum: estão a ser esquecidos e desperdiçados e os dias parecem intermináveis.