Corria o ano de 2008 quando o assassinato de Alexandra Neno, alegadamente vítima de car-jacking, chocou o País. Choque se se adensou com a morte, nessa mesma noite, de Diogo Ferreira, a quem foi ceifada a vida num parque de estacionamento de uma grande superfície comercial.
Ora, cinco anos passaram e, sem nada o fazer prever, um telefonema para o 112 terá sido o bastante para deslindar o crime. Paulo Almeida, um segurança, de 35 anos, confessou ser o autor do duplo homicídio.
Porém, adianta hoje o Diário de Notícias, o suspeito poderá vir a escapar à pena de prisão, isto, em virtude das perturbações mentais que lhe foram diagnosticadas.
Se a defesa “conseguir provar que estava privado das suas capacidades mentais inimputável”, o que lhe retira “a capacidade de culpa e não lhe pode ser aplicada uma pena”, explicaram dois peritos em Direito Penal, em declarações ao Diário de Notícias.
Perante esse cenário, Paulo Almeida enfrentaria um internamento numa casa de saúde mental, enquanto “medida de segurança para o perigo da sociedade”, “com condições de vigilância idênticas às de uma prisão”.