As universidades e politécnicos vão ter de alterar todos os cursos da área da Educação até às candidaturas ao Ensino Superior, que decorrem em Julho. Ou seja, num prazo de sete meses. A exigência foi anunciada ontem pelo ministro da Educação e Ciência, no Conselho de Ministros, dá conta o Jornal de Negócios.
Nuno Crato quer obrigar à alteração de 60 cursos, para mais de 1.200 estudantes, “a partir do ano lectivo de 2014-2015, inclusive”, sob pena de as vagas para esses cursos serem suspensas.
Para o presidente da Agência de Acreditação e Avaliação do Ensino Superior (A3ES), por quem passam todos os cursos, “não é viável [cumprir a meta n o prazo estipulado]. Precisa de mais um ano pelo menos”. “É lamentável que os partidos do arco do Governo ainda não se tenham entendido para assegurar a estabilização dos sistemas de ensino”, disse Alberto Amaral ao Jornal de Negócios.
Já o presidente do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, João Pedro da Ponte, afirmou: “Está tudo perplexo. Nesta altura estamos numa fase em que temos de entregar relatórios para que os cursos [actuais] possam funcionar em 2014, e dizem-nos que vamos ter de propor muito em breve novos cursos de acordo com outro referencial”.