Lisboa: Médico agredido com socos e pontapés por recusar passar baixa
Episódio de violência aconteceu na tarde do dia 31, durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, em Lisboa. PSP confirma a "desordem" e a queixa apresentada pelo médico contra o paciente.
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País Lisboa
Um médico, de 66 anos, foi agredido por um paciente, de 21 anos, com socos e pontapés por este ter recusado passar-lhe baixa. O caso aconteceu na tarde do último dia do ano, no Centro de Saúde de Moscavide, em Lisboa.
"Pretendia que lhe desse uma vacina para a gripe (porque um primo tinha feito a vacina), e lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019", contou o médico Vítor Manuel Silva Santos no Facebook, segundo o que avançou o Jornal de Notícias.
Ao analisar o historial do paciente, o médico apercebeu-se de que o jovem tinha estado dias antes noutra unidade de saúde, sem que tivesse "aviado os medicamentos prescritos". Constatou ainda que "não tinha aviado nenhuma receita das que lhe foram passadas em todo o ano de 2018 e 2019".
"Como não acedi ao que desejava, começou por pegar no teclado do computador e atirá-lo contra a secretária, partindo-o (...) Com a ajuda da namorada, que me segurava, agrediu-me com vários socos e pontapés, um dos socos no olho direito e um pontapé na grelha costal", contou o clínico, que teve "muita dificuldade em conseguir sair para pedir auxílio". As agressões terão ocorrido durante 10 minutos.
Contactado pelo Notícias ao Minuto, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) confirmou a "desordem" motivada pelo facto de o médico se ter recusado a passar a baixa ao jovem que, na sequência disso, "danificou alguns objetos que estavam na secretária" do clínico. Os dois envolveram-se depois em "agressões mútuas", tendo sido separados pelo vigilante até à chegada da PSP. Os factos foram remetidos ao Ministério Público e o médico apresentou queixa contra o suspeito, acrescentou ainda o Cometlis.
Ainda na semana passada, recorde-se, uma médica foi agredida quando se encontrava ao serviço na Urgência do Hospital de São Bernardo, em Setúbal. Caso que levou o Ministério a condenar a violência sobre os profissionais de saúde e a Ordem dos Médicos a reclamar medidas.
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