Segundo o Público, Portugal vai sair da crise com menos pessoas do que quando entrou. Esta é uma marca profunda e inédita, uma vez que Portugal é o único país da troika que se vê nesta situação.
Os dados, da Comissão Europeia, dizem que até 2015, altura em que se prevê a retoma financeira da Europa, Portugal deverá perder cerca de 1,3% de pessoas, o que significa cerca de 130 mil pessoas.
Em toda a União Europeia, apenas 7 outros países, registam uma queda da população, embora a percentagem não seja tão elevada como a de Portugal. São eles: a Letónia, a Estónia, a Bulgária, a Croácia, a Lituânia, a Hungria e a Roménia. Já a Grécia e a Irlanda registaram um aumento de 0,4% e de 5%, respectivamente.
De acordo com o geógrafo Jorge Malheiros, a redução da população portuguesa é o resultado da redução da fecundidade e da inversão completa dos fluxos migratórios.
Em relação ao impacto que esta situação pode ter para o país, Jorge Malheiros defende que isso depende do perfil de pessoas que está a abandonar o país, sendo que se forem as pessoas mais qualificadas, a capacidade do país para ser produtivo, competitivo e inovador pode perder-se.