A utilização de monoblocos tornou-se moda nas escolas públicas portuguesas. Estes pequenos espaços têm sido a solução encontrada por muitos estabelecimentos de ensino para acolher os alunos durante períodos de obras.
A insolvência de construtoras ou os atrasos nos pagamentos acabam, no entanto, por prolongar uma situação que deveria ser provisória.
Segundo o jornal i, as Escolas Secundárias de Alcabideche, do Monte da Caparica, de Cascais, de Vila Real de Santo António, ou a Escola Básica do Parque das Nações são, apenas, alguns dos exemplos em que a utilização de monoblocos se prolongou mais do que era esperado.
Utilizadas para acolher os alunos durante períodos de obras dos edifícios principais, o uso destas salas improvisadas acaba por ser superior ao que era esperado… e desejado.
Os professores queixam-se das salas serem frias, barulhentas e de serem demasiado pequenas para acolher turmas de mais de 20 alunos, o que acaba por perturbar o normal funcionamento da aula. Já os estudantes confessam estarem a habituar-se, embora as condições não sejam as mais acolhedoras.
A situação tem gerado alguns protestos e já foram várias as escolas onde alunos, pais e professores se manifestaram contra esta solução.
Na Escola Básica do Parque das Nações e da Secundário de Vila Real de Santo António a situação está prestes a ser resolvida, quanto às restantes escolas ainda não é sabido quando as obras estarão concluídas e quando os alunos poderão ser novamente colocados nos edifícios principais.
A suspensão da Parque Escolar, processos de insolvências das construtoras ou atrasos nos pagamentos das empresas são alguns dos motivos que levam ao aumento do período de utilização destas salas improvisadas.
Em alguns casos as escolas voltam a abrir concursos para a escolha de novas construturas; recorrem aos Orçamentos Participativos para suportar os custos das obras ou, em casos mais extremos, vêem-se obrigadas a cancelar as obras.