A Rádio Renascença avança, esta terça-feira, que há professores do Ensino Especial com salários em atraso porque o Ministério da Educação ainda não pagou as verbas contratualizadas com os estabelecimentos que recebem alunos com necessidades educativas especiais.
Pelo menos quatro escolas, duas em Lisboa e duas no Porto, estão nesta situação desde o início do ano lectivo.
A directora Manuela Aguiar do Externato Ana Sullivan, um estabelecimento particular de educação especial, conta à Rádio Renascença que o Ministério da Educação devia “ter pago no fim do mês de Setembro, de Outubro e de Novembro as mensalidades dos 20 alunos que nos enviou” mas “até agora não foi paga nenhuma verba”, que corresponde actualmente a cerca de 40 mil euros.
A situação tem sido contornada “com sacrifícios enormíssimos que decorrem de alguns trabalhadores não estarem a receber salário, aqueles que voluntariamente disseram que podiam aguardar até ao fim do mês de Dezembro”, o que permite pagar “o transporte e alimentação a estes alunos”.
Em Matosinhos, na Escola Novos Rumos, a situação é idêntica, revela na antena da Rádio Renascença a directora Virgínia Varizo: “Estamos a dever vencimentos aos professores e recorremos à Banca para pagar alguns meses. O Ministério da Educação não nos paga desde Setembro, já fizemos imensos telefonemas mas ninguém [no gabinete de Nuno Crato] sabe explicar porque ainda não foi pago”.