O Índice de Percepção da Corrupção em Portugal continua, pelo décimo ano consecutivo, a agravar-se, com o País a manter este ano a 33ª posição numa lista de 177 países, quando em 2000 estava em 23º e, há 10 anos, em 25º lugar.
O vice-presidente da Organização Transparência e Integridade, Paulo Morais, fala numa situação “dramática”, apontando baterias para a política e Administração Pública que, com o passar dos anos, se” transformaram numa central de negócios que favorece os jogos de corrupção”, conta a Rádio Renascença.
Além da posição, Paulo Morais sublinha que o mais grave é o facto de o posicionamento de Portugal ter vindo a sofrer uma “depreciação permanente”. “Na última década, o país no Mundo que mais se depreciou em termos de transparência foi justamente Portugal”, destaca.
Trata-se de um fenómeno “crescente” e “patente” como provam os casos de corrupção na Expo98, Euro2004, submarinos, Banco Português de Negócios (BPN) e Banco Privado Português (BPP), destaca Paulo Morais, de acordo com a Rádio Renascença.
No ranking divulgado esta terça-feira, Portugal apresenta uma classificação de 62 pontos (63 no ano passado), numa escala de zero a 100, que vai de muito corrupto (zero) a livre de corrupção (100). No seio europeu, Portugal surge este ano acima da Polónia, Espanha, Itália, Grécia e da maioria dos países de Leste.