Política tornou-se "central de negócios que favorece corrupção"

Portugal ocupa a 33ª posição numa lista de 177 países europeus sobre os níveis de corrupção, uma situação que o vice-presidente da Organização Transparência e Integridade, Paulo Morais, classifica de “dramática”. O responsável salienta que a Administração Pública e a política "transformaram-se numa central de negócios que favorece os jogos de corrupção".

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Notícias Ao Minuto
03/12/2013 11:04 ‧ 03/12/2013 por Notícias Ao Minuto

País

Paulo Morais

O Índice de Percepção da Corrupção em Portugal continua, pelo décimo ano consecutivo, a agravar-se, com o País a manter este ano a 33ª posição numa lista de 177 países, quando em 2000 estava em 23º e, há 10 anos, em 25º lugar.

O vice-presidente da Organização Transparência e Integridade, Paulo Morais, fala numa situação “dramática”, apontando baterias para a política e Administração Pública que, com o passar dos anos, se” transformaram numa central de negócios que favorece os jogos de corrupção”, conta a Rádio Renascença.

Além da posição, Paulo Morais sublinha que o mais grave é o facto de o posicionamento de Portugal ter vindo a sofrer uma “depreciação permanente”. “Na última década, o país no Mundo que mais se depreciou em termos de transparência foi justamente Portugal”, destaca.

Trata-se de um fenómeno “crescente” e “patente” como provam os casos de corrupção na Expo98, Euro2004, submarinos, Banco Português de Negócios (BPN) e Banco Privado Português (BPP), destaca Paulo Morais, de acordo com a Rádio Renascença.

No ranking divulgado esta terça-feira, Portugal apresenta uma classificação de 62 pontos (63 no ano passado), numa escala de zero a 100, que vai de muito corrupto (zero) a livre de corrupção (100). No seio europeu, Portugal surge este ano acima da Polónia, Espanha, Itália, Grécia e da maioria dos países de Leste. 

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