As análises feitas ao grupo de 20 pessoas que, este domingo, foi repatriado de Wuhan, na China, para Portugal, deram negativo para o novo coronavírus.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) , os resultados são ainda "preliminares".
Num comunicado enviado às redações, a DGS informa que estes cidadãos vão continuar em quarentena voluntária e "a ser acompanhados por dois médicos da Sanidade Internacional, que vão garantir a vigilância ativa duas vezes por dia e estarão sempre disponíveis para contacto".
A mesma nota adianta que o grupo foi avaliado pelos médicos da Equipa da Sanidade Internacional, coordenada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), logo à chegada à Base Aérea de Figo Maduro.
Posteriormente, foram instalados em instituições dedicadas para o efeito no Hospital Pulido Valente (Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e no Parque da Saúde de Lisboa, onde irão permanecer em isolamento profilático durante 14 dias.
À chegada a estas instalações, uma equipa do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) procedeu à colheita de amostras biológicas para testes laboratoriais, cujo resultado foi negativo para o '2019-nCoV'.
Recorde-se que entre os 20 repatriados, estão 16 portugueses, dois diplomatas que estavam em Pequim, e duas cidadãs de nacionalidade brasileira que pediram ajuda a Portugal.
O grupo viajou até Marselha, em França, com outros europeus e seguiu, posteriormente, para Portugal, num avião da Força Aérea Portuguesa que aterrou pelas 20h30 na Base Aérea de Figo Maduro, em Lisboa.
O novo coronavírus já provocou 362 mortos e infetou mais de 14.000 pessoas desde o passado mês de dezembro, quando surgiu em Wuhan, capital da província de Hubei, na China.
As Filipinas anunciaram no domingo a morte de um cidadão de nacionalidade chinesa, vítima de uma pneumonia causada pelo coronavírus, a primeira vítima fatal fora da China.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC, na sigla inglesa) por causa do surto do novo coronavírus na China.