"Foi com profunda consternação que tomei conhecimento da notícia do falecimento de Nelson Mandela, figura maior da África do Sul e da História mundial. Quero, em meu nome pessoal e em nome do Povo Português, apresentar a Vossa Excelência, ao Povo sul-africano e à Família enlutada, os sentimentos do nosso mais profundo pesar", refere Cavaco Silva, na mensagem divulgada no site www.presidencia.pt.
O chefe de Estado português destaca "o extraordinário legado de universalidade que perdurará por gerações" deixado pelo Prémio Nobel da Paz Nelson Mandela, bem como "o seu exemplo de coragem política, a sua estatura moral e a confiança que depositava na capacidade de reconciliação constituem verdadeiras lições de humanidade".
"A dedicação de Nelson Mandela aos valores da democracia, da liberdade e da igualdade -- nas suas palavras, 'um ideal por que espero viver e que espero alcançar, mas, se necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer' -- invadiu os corações de todos quantos o admiram, na África do Sul ou em outro lugar, incutindo esperança, mesmo diante dos desafios mais difíceis", recorda o Presidente da República.
Cavaco Silva salienta, na mensagem enviada a Jacob Zuma, que "a atribuição do Prémio Nobel da Paz a Nelson Mandela e a sua eleição massiva para a mais elevada Magistratura da África do Sul simbolizaram o merecido reconhecimento de um político de causas e uma vitória para os Direitos Humanos no mundo".
"Neste momento difícil, os Portugueses juntam-se a todos quantos recordam, com respeito e admiração, a figura de Nelson Mandela", refere o chefe de Estado português.
A morte de Nelson Mandela, aos 95 anos, foi anunciada pelo Presidente da República da África do Sul, Jacob Zuma, numa comunicação televisiva.
Líder da luta contra o "apartheid", Nelson Mandela foi o primeiro presidente negro da África do Sul, entre 1994 e 1999.