Seixal quer que ministro lhe dê um hospital como prenda natalícia
Autarcas e populares convidaram hoje o ministro da Saúde para assistir no sábado ao sexto 'Natal do Hospital', no Seixal, esperando que Paulo Macedo ponha no 'sapatinho' do concelho a adjudicação do projecto desta infraestrutura, que nunca avançou.
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País Saúde
A sexta edição do 'Natal do Hospital' celebra o acordo estratégico assinado pelo Governo em 2009 para a construção do hospital, que previa que esta unidade estivesse a funcionar em 2012.
"Infelizmente estamos no final de 2013 e nem sequer o projeto de execução foi concluído e, nessa medida, estamos aqui para convidar o senhor ministro para estar connosco nessa iniciativa de celebração e esperar que o senhor ministro nos traga boas notícias, visto que até estamos no Natal", disse o presidente da câmara, Joaquim Santos, que entregou o convite à secretária-geral do ministério, devido à ausência do governante.
O investimento previsto para a construção deste hospital, para o qual há terrenos públicos disponíveis no Fogueteiro, é de 60 milhões de euros, um investimento que o autarca considera "adequado".
"Tem que haver uma solução para o Garcia de Orta e, dos estudos que foram feitos pelo ministério da Saúde, a ampliação do Garcia de Orta seria, em termos de investimento, quase idêntica à construção de um hospital complementar no Seixal", afirmou.
O presidente da União de freguesias do Seixal, Arrentela e Paio Pires, António Santos, salientou que "o objetivo não é só abranger a população do Seixal, mas também desanuviar o concelho de Almada e o de Sesimbra".
"Há compromissos assumidos da parte do Governo, cumpram-se realmente estes compromissos, porque a população tem esta necessidade. E quando as causas são justas, a nossa luta vai continuar até termos o nosso hospital no Seixal", disse.
Fernando Sousa, presidente da União das Associações de Reformados do concelho, que tem 12 instituições de apoio à terceira idade, destacou que os cerca de 14 quilómetros até ao hospital de Almada podem representar demasiado tempo, especialmente em horas de ponta.
"Às vezes não temos tempo de chegar ao hospital, ficamos a meio do caminho. É isso que nós queremos, é que o hospital apareça, porque nós estamos todos disponíveis para trabalhar. Eu já estou a ficar velho, mas quero que o meu neto e os meus filhos tenham um país", afirmou, salientando que a população do concelho está envelhecida e "se não fossem as instituições, com o seus parcos recursos, a fazerem deslocar nas suas viaturas situações por vezes complicadas de saúde", as coisas ainda estariam piores.
Na época do verão ainda é pior porque "os 170 mil habitantes transformam-se em mais de 400 mil, porque passam milhares e milhares de pessoas pelas praias".
"Nessa altura, então, é impossível estar horas e horas à espera de uma urgência no Garcia de Orta", sublinhou.
Ainda na semana passada, Henrique Tavares, diabético, sentiu na pele o que é ir à urgência de um Garcia de Orta sobrelotado.
"Estive lá 12 horas e no fim dessas 12 horas tive de recorrer a um médico privado, porque na consulta o médico não respondeu, em termos clínicos, aquelas que eram as minhas necessidades de resposta na altura", considerou.
O "Natal do Hospital" no Seixal realiza-se no dia 14 de dezembro, a partir das 15:00, no Cinema S. Vicente, em Aldeia de Paio Pires, contando com a presença de artistas como Toy, Diamantina, os Banza ou Mário Barradas.
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