O sector agropecuário da Região Centro tem atualmente condições para "introduzir inovação e melhorar o seu valor acrescentado", declarou José Couto à agência Lusa.
O presidente do CEC - Câmara de Comércio e Indústria do Centro falava no final da sessão de balanço do projeto in_Agri - Rede de Oficinas de Inovação para o setor agroindustrial, o qual obteve "excelentes resultados" e apresenta "perspetivas para o futuro", após dois anos e meio de execução, segundo uma nota da organização.
"O facto de terem de pensar num plano de negócios mostrou-se muito importante para algumas empresas", disse.
Algumas ações de formação do projeto in_Agri permitiram "perceber que muitos empresários da agroindústria não têm conhecimento dos mercados externos e dos processos ligados à exportação", enfatizou José Couto.
Na sua opinião, é necessário que os agricultores "pensem como empresários", pois isso "traz-lhes vantagens".
"Este projeto também mostrou que há processos de organização que são muito importantes", sublinhou o presidente do CEC.
Retomando o essencial das suas afirmações no encerramento da sessão, José Alberto Ferreira, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), assegurou à Lusa que "dinheiro não vai faltar", entre 2014 e 2020, para "criar emprego e riqueza para a região", incluindo no setor primário.
"Haja projetos, que o dinheiro vai existir, com certeza", referiu.
O investigador Henrique Pires dos Santos, responsável do in_Agris, fez um balanço "extremamente positivo" do projeto, que envolve ainda as escolas superiores agrárias de Coimbra e Castelo Branco, o Instituto Pedro Nunes da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS), comum a estas duas instituições.