"Papa devia dar lição de moral aos grandes patrões e banqueiros"

Sustentando que “já não é de economia que se trata, mas de decência”, o escritor e comentador político, Miguel Sousa Tavares, revela-se hoje indignado com as práticas de “grandes patrões e banqueiros”, sugerindo que o “Papa Francisco” os convoque para a “Santa Fé” no sentido de “dar-lhes uma lição de moral”. “Já nem digo sobre os valores cristãos” mas “sobre simples valores de vida civilizados, que eles [banqueiros e patrões] há muito dispensaram de praticar”, justifica Sousa Tavares.

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Ana Lemos
14/12/2013 08:00 ‧ 14/12/2013 por Ana Lemos

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Sousa Tavares

O escritor Miguel Sousa Tavares escreve hoje, na habitual coluna de opinião que assina no semanário Expresso, sobre ‘Jogo Viciado’, aquele que, diz, é “feito sempre entre pares e tendo como objectivo único a protecção do sistema financeiro e lucros das grandes empresas”.

Mas para o comentador político, ainda mais grave é ver “hoje (…) tranquilamente discutirem a descida de salários no sector privado, e o Governo ensaiar a pose heróica de ‘resistir’ a mais uma imposição da troika”. “Acho que perderam mesmo a vergonha”, afirma Sousa Tavares, contestando que “já não é de economia que se trata, mas de decência”.

“Quando vejo o grupo Pingo Doce a anunciar que vai oferecer cabazes de produtos alimentares aos seus funcionários que descobriu estarem a passar fome – ou seja, que lhes vai dar uma esmola em vez de subir os salários – e ainda oiço o seu patrão pregar lições de austeridade, de bom governo e de patriotismo aos que vivem do trabalho e aqui [em Portugal] pagam todos os seus impostos, eu, sem me imiscuir nas crenças ou descrenças de quem quer que seja, acho que o Papa Francisco devia convocar para a Santa Fé uma cimeira dos grandes patrões e banqueiros do sistema capitalista mundial, da Holanda à China, e dar-lhes uma lição de moral”, sugere.

E essa “lição de moral”, esclarece, nem tem de ser sobre “os valores cristãos (…) mas sobre simples valores de vida civilizados, que eles [banqueiros e patrões] há muito dispensaram de praticar”.

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