Este era mais um fim-de-semana de praxes e diversão, como vem sendo habitual entre os alunos da Universidade Lusófona. Os sete estudantes, com idades entre os 20 e os 25 anos, que alugaram uma casa na pequena localidade de Aiana, em Alfarim, concelho de Sesimbra, estavam longe de imaginar que os três dias de diversão terminassem em tragédia, escreve esta segunda-feira o Diário de Notícias.
No sábado à noite, depois do jantar, os sete amigos resolveram ir até à praia do Moinho de Baixo, no Meco. Estavam trajados e sentados à beira-mar quando foram surpreendidos por uma onda que os arrastou. Apenas um jovem conseguiu salvar-se. Saiu do mar pelo próprio pé e alertou as autoridades. Outro jovem foi já encontrado, morto, e os restantes cinco continuam desaparecidos.
Durante o dia tinham estado a praxar os alunos mais novos. “Via-se bem que aquilo era uma praxe. Estava tudo na galhofa, mas a respeitarem o veterano”, disse ao Diário de Notícias um morador de Aiana.
As buscas por mar e terra foram retomadas esta manhã. Até ao meio-dia continuavam a revelar-se infrutíferas. Continuam cinco jovens desaparecidos: um rapaz e quatro raparigas, estudantes de cursos como Design de Comunicação, Comunicação Aplicada ao Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Ciências da Comunicação e da Cultura e Gestão.
A Universidade Lusófona já declarou três dias de luto, tendo colocado a bandeira em meia-haste.
No areal da praia do Moinho vivem-se momentos de verdadeira aflição. Familiares e amigos dos jovens desaparecidos não querem acreditar na tragédia e aguardam que as autoridades encontrem os corpos das quatro raparigas e do rapaz que estão ainda por encontrar.