"Em nosso entender, tudo correu bem do ponto de vista da segurança" daquela manifestação, sustentou o dirigente, que hoje esteve no Porto, numa reunião da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, a que também preside.
Paulo Rodrigues afirmou que "não houve erros" no que diz respeito a essa manifestação frente à Assembleia da República, cujas escadarias foram, a certa altura, invadidas por elementos das forças de segurança que ali protestavam.
O dirigente conclui, também, que o Ministério da Administração Interna não tinha motivos para demitir Paulo Varela Gomes, que entretanto acabou de ser nomeado para um cargo internacional, em Paris
Questionado sobre esta nomeação, que o PS, nomeadamente, estranhou, Paulo Rodrigues recordou estar em causa "um oficial de polícia que chegou muito cedo a diretor nacional".
"O que é que, depois de dirigir uma polícia, vai fazer até à sua reforma? Tem que se encontrar um lugar digno e compatível com aquilo que ele fazia", afirmou Paulo Rodrigues.
O presidente da ASPP considera ainda que "esta nomeação" prova que o ex-diretor nacional "esteve muito bem na gestão" da manifestação.
"Das decisões possíveis, foram as melhores decisões. Foi flexibilizar o dispositivo para não criar ali uma situação de confronto e transformar aquilo num caos e repetir um pouco os secos e molhados de há quase 25 anos, mas com consequências muito mais gravosas", insistiu
Para Paulo Rodrigues, era necessário que tivesse havido "um esclarecimento muito claro" sobre a demissão de Paulo Varela Gomes de diretor nacional da PSP, cargo para o qual foi já nomeado o superintendente Luís Peça Farinha.