"Todos nos revemos" - garantiu Marta Temido - nos motivos das manifestações que aconteceram, no sábado, em Lisboa, Porto, Braga, Coimbra e Viseu, no quadro da campanha de solidariedade mundial contra o racismo e a violência policial.
"Não estamos em estado de emergência e, portanto, o direito à manifestação existe e cabe aos organizadores dessas manifestações garantirem que as regras de saúde pública (...) são cumpridas", frisou a ministra da Saúde, quando questionada sobre a sua opinião em relação aos protestos nas ruas, na habitual conferência de imprensa diária sobre a situação de covid-19.
"A responsabilidade individual e (...) dos grupos é muito significativa e é o grande determinante da nossa ação", reforçou, reconhecendo que a situação pandémica exige "distinto" comportamento físico e "atitudes" consonantes.
"Sempre que não tenhamos em atenção a boa necessidade de proteção é como se estivéssemos a não valorizar o intenso trabalho da saúde púbica, dos profissionais de saúde, dos profissionais dos serviços essenciais e a vida de tantos que hoje passam dificuldades (...) em resultado da pandemia", alertou.
Portanto, quem organiza manifestações deve ter, na opinião da ministra, "atenção muito particular à forma como elas depois decorrem".
Várias cidades portuguesas juntaram-se, no sábado, à ação mundial 'Black Lives Mater', a propósito da morte do cidadão afro-americano George Floyd, na sequência de um polícia branco ter pressionado o joelho contra o seu pescoço enquanto estava algemado no chão, em Minneapolis, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos.