O trabalho estatístico, publicado pela Direção Geral da Saúde, analisa em quase 200 páginas a evolução da taxa de nascimentos e da mortalidade e salienta nomeadamente um aumento da mortalidade fetal (antes do nascimento) em 2012, comparando com o 2011. A mortalidade neonatal (crianças com menos de 28 dias) manteve-se idêntica a 2011 mas subiu em relação a 2010.
Aumento também da pós-neonatal (crianças com mais de 28 dias e menos de um ano) no mesmo período de comparação, especialmente no Centro e Algarve (excetuando-se o Alentejo, onde diminuiu).
Houve menos mortes fetais nos hospitais, mas aumentaram nos domicílios, indica o estudo, no qual se lê: "Em 2012 houve aumento da taxa de mortalidade sem que tenha existido uma diferença global (com qualquer significado estatístico) na respetiva mortalidade infantil em comparação com o observado no ano anterior ou para 2009".
"Na informação disponível dos nascimentos em hospitais públicos observou-se que em 2012 continuam a aumentar os nascimentos de baixo peso apesar da diminuição substancial do número de nascimentos", diz o estudo, no qual se recomenda uma análise ao "preocupante" aumento da mortalidade fetal tardia.
Na análise dos dados houve menos morte fetal nas regiões Norte e Lisboa mas mais no Centro, Alentejo e Algarve. Também a mortalidade neonatal decresceu em 2012 nas regiões Norte e Lisboa (relativamente a 2009) e subiu nas restantes regiões relativamente a 2010.
Resume o documento que no ano passado o número de nascimentos no Serviço Nacional de Saúde "diminuiu de forma significativa", uma "tendência que se tem vindo a consolidar", e tem vindo a aumentar os nascimentos com pesos baixos (menos de 1500 gramas).
E que a mortalidade infantil em 2012 foi globalmente comparável a anos anteriores, ainda que dentro desta tenham aumentado nesse ano os casos de mortalidade fetal e pós-neonatal.