Na Escócia, bares e restaurantes só vão poder reabrir os seus espaços interiores a partir de 15 de julho, mas Patrícia da Silva não está por enquanto preocupada, porque durante o confinamento a 'Casa Amiga', em Edimburgo, continuou a funcionar normalmente.
"Temos mercearia, café e pastelaria. Funcionámos em 'take-away' e mantivemos os seis funcionários. Mas queremos voltar a ter pessoas sentadas", confessou à agência Lusa.
Atualmente está a fazer um investimento na venda pela Internet porque sente que o movimento é reduzido e "as pessoas ainda não estão a sair", mas está otimista numa recuperação.
No País de Gales, o "Nata and Co." estava em expansão na capital, Cardiff, mas o confinamento veio afetar o modelo de negócio, muito baseado na venda de café e pastelaria, nomeadamente pastel de nata.
Um dos fundadores, Filipe Brito, disse à Lusa que está a funcionar em regime de venda para fora e pela Internet, mas está com esperança que a reabertura de outras lojas de bens não essenciais traga algum movimento às ruas.
Porém, os cafés, bares e restaurantes só poderão servir à mesa a partir de 13 de julho, e só no exterior.
"Estamos preocupados pela incerteza. Nesta altura preferia ter duas em vez de quatro lojas", admitiu.
Na cidade de Wrexham, onde existe uma comunidade portuguesa numerosa, o "Vasco da Gama" começou a vender refeições para fora, mas em vez de 60 por fim de semana, só vende 10, contou a gerente, Maria Fonseca.
"Não se vê muita gente na rua. Só estamos abertos para as pessoas não se esquecerem de nós", revelou.
Recentemente renovado, o espaço tinha previsto o investimento num salão para aumentar a capacidade e receber eventos, mas esses planos vão ser adiados devido à falta de fundos, reconheceu Maria Fonseca.
O Reino Unido registou até agora 44.131 mortos, em mais de 284 mil casos de infeção pelo novo coronavírus.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 522 mil mortos e infetou mais de 10,92 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.