ANIMAL pede apuramento de responsabilidades na morte de animais em fogo

Para a associação, o que se passou na noite passada em Santo Tirso - onde mais de uma centena de animais de dois canis ilegais morreram carbonizados- é absolutamente inadmissível ". ANIMAL pede apuramento de responsabilidades e oferece formação a autoridades.

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Melissa Lopes
19/07/2020 17:48 ‧ 19/07/2020 por Melissa Lopes

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Animais

Classificando como "absolutamente inadmissível" o que se passou esta madrugada em Santo Tirso, onde morreram largas dezenas de animais de dois canis ilegais que foram consumidos pelas chamas, a associação ANIMAL informa que já contactou o Governo e o Parlamento a propósito do assunto.  

"Perderam-se vidas, que seguramente agonizaram terrivelmente enquanto a morte chegava, em nome da propriedade privada", lamenta Rita Silva num comunicado enviado às redações este domingo. 

A associação considera ainda "vergonhoso" o comunicado emitido pela GNR, no qual a autoridade refere que a morte dos animais se deveu às dimensões do incêndio. 

No entanto, a indignação da ANIMAL prende-se com o facto de as autoridades terem impedido a entrada de ONG's e voluntários nos canis por estes se encontrarem em propriedade privada.  "Somos uma organização que se rege por princípios pacíficos e legais e sabemos que em casos extremos há formas de se conseguir entrar nos locais e salvar vidas, ao abrigo da lei", defende a presidente da associação, considerando lamentável que as autoridades "não o saibam, não queiram saber, e, pior, faltem com a verdade". Rita Silva refere-se não só às autoridades policiais como também à autoridade veterinária concelhia que "foi igualmente negligente". Uma situação que, "infelizmente, não é incomum", lamenta

Perante o sucedido, a ANIMAL pede ao Governo "que se apurem responsabilidades e tudo se faça para que uma desgraça assim não se repita". A associação oferece-se ainda para "fazer parte da solução" contribuindo com formação.

"Voltámos a oferecer os nossos préstimos ao Governo, querendo fazer parte da solução, apresentando um plano de formação e sensibilização para as autoridades, não só para casos de catástrofe, onde contaremos com a colaboração da ONG colega, SOS Animal, mas também e essencialmente no trabalho diário de aplicação da legislação vigente no que concerne a maus tratos, omissão de cuidados e negligência contra animais", informa Rita Silva. 

Por fim, a associação frisa que as respostas em matéria de direitos dos animais continuam a ser "miseráveis". "É raro o dia em que não temos problemas com as autoridades por se recusarem a fazer cumprir a lei, responderem-nos mal ou nem sequer responderem. As excepções são valorosas, mas infelizmente são isso mesmo, excepções", acrescenta a dirigente.

A morte de animais, na noite passada, em dois canis ilegais de Santo Tirso (até agora não se sabe exatamente quantos - embora se aponte para mais de uma centena) motivou uma queixa por parte do PAN ao Ministério Público. Paralelamente, uma petição a exigir justiça reunia, pelas 18h, quase 45 mil assinaturas. 

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