"Eusébio era uma figura maior, a sua morte entristece a todos nós africanos, sobretudo aqueles que falam a língua portuguesa", observou José da Cunha, antigo internacional de futebol guineense.
Falando em nome da secretária de Estado da Juventude, Cultura e Desporto, José da Cunha afirmou que Portugal e Moçambique "podem saber" que a morte de Eusébio "também toca aos guineenses".
Lembrando os feitos de Eusébio nos anos de 1960, José da Cunha afirmou que Eusébio "fez levantar a bandeira de Portugal" pelo mundo fora.
Por seu lado, Fortunato Cardoso, primeiro vice-presidente do Benfica de Bissau assinalou que o clube encarnado vai iniciar a partir de segunda-feira "uma série de atividades" evocativas em memória de Eusébio.
Fortunato Cardoso considerou a morte do antigo jogador "uma perde irreparável para a nação benfiquista" o que, disse, deve ser honrada com "mais conquistas" em todo mundo.
O comentador desportivo, Júlio de Oliveira, entende que com a morte do Eusébio "apagou-se uma grande parte da história" do Benfica e de Portugal.
"De 1904 a 1960 o Benfica não era nada a nível de Portugal e da Europa, mas com o surgimento do fenómeno Eusébio, tudo mudou. O Benfica passou a ganhar e a ser respeitado pelo mundo fora", observou Júlio de Oliveira.
Este conhecido adepto do Benfica, considera a morte do Eusébio "um triste acontecimento" o qual, frisou, não pode abalar a moral da equipa da Luz.
"Pelo contrário, com a morte do Eusébio o Benfica (de Lisboa) devia reforçar o seu compromisso com a vitória para desta forma honrar melhor o King", assinalou Júlio de Oliveira.
Eusébio da Silva Ferreira morreu hoje às 04:30 vítima de paragem cardiorrespiratória, disse à agência Lusa fonte do clube.
O "Pantera Negra" foi eleito o melhor jogador do Mundo em 1965 e conquistou duas Botas de Ouro (1967/68 e 1972/73). No Mundial Inglaterra de 1966 foi considerado o melhor jogador da competição, na qual foi o melhor marcador, com nove golos.
Na mesma competição, Portugal terminou no terceiro lugar.
Eusébio nasceu a 25 de janeiro de 1942 em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique.