"Contestamos, por exemplo, que haja 400 pessoas que estão há cerca de 20 anos a recibos verdes. São falsos recibos verdes porque essas pessoas têm fardas, usam identificação da SCML, têm chefia e têm horários", disse à Lusa Paulo Soares, daquele sindicato.
Segundo o sindicalista, outra das reivindicações que constam do abaixo-assinado prende-se com a manutenção das 35 horas de trabalho semanal para os funcionários públicos da SCML porque "não faz sentido que, no mesmo departamento, uns trabalhem mais uma hora do que os outros".
Atualmente, a SCML tem cerca de 1.200 funcionários públicos.
A progressão das carreiras, congeladas desde 2010, e a "entrada de 'boys' que vão logo para o topo da carreira", são outras das reivindicações do sindicato.
"Também contestamos que a SCML forme profissionais no Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão como licenciados e depois os empregue como bacharelatos. Não os reconhece como licenciados", afirmou Paulo Soares.
O abaixo-assinado hoje entregue tem 400 assinaturas, mas vai continuar a circular para recolher mais.
"Os seis mil trabalhadores partilham de um sentimento de injustiça pelo que se está a passar", disse o sindicalista.
Caso este abaixo-assinado não surta o "efeito desejado", Paulo Soares disse que serão equacionadas outras formas de luta, entre as quais, a greve.
A Lusa tentou obter esclarecimentos da Santa Casa da Misericórdia sobre as questões suscitadas pelo sindicato, mas até às 16:30 não obteve resposta.