Onde estava, afinal, José Sócrates no dia 23 de Julho de 1966, aquele que ficou marcado por uma vitória histórica da seleção nacional frente à Coreia do Norte depois de ter estado a perder por 3 bolas a zero? Ora, o antigo primeiro-ministro, recordou, a propósito da morte de Eusébio, que estava na escola. Mas o jogo decorreu num sábado, pelo que desde logo foi rotulado de mentiroso.
O Diário de Notícias foi então tirar a história a limpo, contatando, para o efeito, com um ex-colega do socialista. “Quanto à sua presença na escola nesse dia e nessas horas, posso garantir que quando lá cheguei ele já estava a comemorar com outros colegas a vitória de Portugal sobre a Coreia do Norte”, assegura Jorge Patrão.
Questionado sobre como pode ter tanta certeza face a esta matéria, o ex-colega do antigo chefe do Executivo sustenta: “Nós morávamos no centro histórico da Covilhã e a escola ficava a muito poucas centenas de metros das nossas casas. Por isso, fosse em que dia fosse, houvesse aulas ou não, fazíamos de um dos pátios da escola o nosso lugar de encontro habitual”.
Contudo, outra fonte afirma que Sócrates esteve ausente desses festejos. E até o deputado do CDS Nuno Melo usou o termo mentira para catalogar as palavras do antigo primeiro-ministro. Confrontado com esse facto, Jorge Patrão é categórico: “Essa é uma notícia falsa e o mais surpreendente é que a fonte dessa notícia é um colega que nem eu nem os meus amigos nos lembramos de ter sido nosso companheiro de escola, quanto mais amigo desses encontros. Desafiava-o a fazer essa afirmação à nossa frente”, remata.