Artur Osório falava à agência Lusa a propósito da reportagem difundida quinta-feira na SIC, sobre alegadas cobranças ilegais ao sistema de Proteção Social dos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) e ligações entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e um grupo privado de saúde.
"É lamentável ser a comunicação social a investigar o que devia ser o Ministério da Saúde a fazer", disse Artur Osório, defendendo "auditorias constantes aos negócios da saúde e aos negócios com o Estado".
Para este administrador de um grupo privado de saúde, existe uma "distribuição de migalhas dos dinheiros do Estado que está nas mãos de uns senhores que têm esse poder" e que, na sua opinião, devia ser investigada.
A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) defende uma separação do setor público e privado, por acreditar que desta forma será a própria concorrência a escrutinar as situações irregulares.
Para Artur Osório, "são as escolhas individuais que deverão determinar a quem e de que forma o Estado, na posição de financiador e auditor, deverá contratar os serviços e os cuidados para satisfazer a população". "A liberdade de escolha fomentará a transparência, a concorrência, a eficiência e a qualidade".