Governo devia investigar forma como são distribuídas "migalhas"

O presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada acusou hoje o Ministério da Saúde de não investigar a forma como distribui "as migalhas" ao setores privado e social, e lamentou que seja a comunicação social a fazer essa investigação.

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Lusa
10/01/2014 17:00 ‧ 10/01/2014 por Lusa

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Hospital

Artur Osório falava à agência Lusa a propósito da reportagem difundida quinta-feira na SIC, sobre alegadas cobranças ilegais ao sistema de Proteção Social dos Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) e ligações entre o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e um grupo privado de saúde.

"É lamentável ser a comunicação social a investigar o que devia ser o Ministério da Saúde a fazer", disse Artur Osório, defendendo "auditorias constantes aos negócios da saúde e aos negócios com o Estado".

Para este administrador de um grupo privado de saúde, existe uma "distribuição de migalhas dos dinheiros do Estado que está nas mãos de uns senhores que têm esse poder" e que, na sua opinião, devia ser investigada.

A Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) defende uma separação do setor público e privado, por acreditar que desta forma será a própria concorrência a escrutinar as situações irregulares.

Para Artur Osório, "são as escolhas individuais que deverão determinar a quem e de que forma o Estado, na posição de financiador e auditor, deverá contratar os serviços e os cuidados para satisfazer a população". "A liberdade de escolha fomentará a transparência, a concorrência, a eficiência e a qualidade".

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