Cortes condenam urgências a retrocesso de vinte anos

A falta de pessoal nos hospitais está a levar os serviços de urgência a condições similares às apresentadas há 20 anos, dizem os sindicatos. O dedo é apontado ao Ministério da Saúde, devido aos cortes aplicados, e teme-se que a situação se agrave caso as temperaturas desçam ainda mais e obriguem mais utentes a recorrer aos serviços hospitalares, avança o Diário de Notícias.

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Notícias ao Minuto
13/01/2014 08:18 ‧ 13/01/2014 por Notícias ao Minuto

País

Saúde

“Estamos a ter uma rutura das urgências como não se via há 20 anos”, afirmou Mário Jorge Neves, da Federação Nacional dos Médicos, ao Diário de Notícias. Os sindicatos dizem que os cortes na Saúde em conjunto com o disparar da procura de cuidados nas urgências estão a ter um efeito devastador na eficiência dos serviços.

De acordo com a mesma publicação, médicos e o próprio bastonário confirmam que há urgências onde o tempo de espera é de dez ou mais horas e existem macas nos corredores. Estes são os efeitos, dizem, da falta de profissionais, não havendo como fazer face às centenas de pessoas que procuram as urgências nesta altura de baixas temperaturas e de gripe.

“As equipas são diminutas e não há capacidade de resposta. É o descalabro visível de uma política desastrosa, mas dissimulada da equipa do ministério. Em todos os hospitais há tempos de espera para cima das oito e macas no corredor”, sublinhou Mário Neves.

Já o bastonário, José Manuel Silva, afirma que o serviço está pior do que há dez anos porque “as equipas estão a funcionar com pessoas abaixo dos mínimos para cortar nas despesas com recursos humanos”.

Os responsáveis alertam ainda para as dificuldade que se farão sentir caso haja um agravamento das temperaturas e da gripe. Só na última semana um utente ficou dez horas à espera nas Urgências do Garcia da Horta, em Almada, e outro aguardou 50 horas até ser internado no Santo António, no Porto.

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