Contactada pela agência Lusa, fonte do HESE referiu que se trata de uma idosa de 88 anos.
Dos outros três utentes do Lar da Quinta da Sizuda, na periferia de Évora e onde foi detetado um surto de covid-19, que se encontravam internados no hospital, dois ainda permanecem na unidade, já que "um outro utente teve alta clínica para o lar".
"Temos, de momento, apenas dois utentes do lar internados na enfermaria 'covid', um homem e uma mulher, ambos de 80 anos", disse a mesma fonte.
O primeiro caso de covid-19 detetado neste lar ilegal da cidade foi o de um idoso que foi transportado, há precisamente uma semana, para o HESE, onde fez o teste à doença, que deu positivo.
Na sexta-feira, foram realizados testes aos restantes utentes e a todos os funcionários do lar, tendo sido verificado que todos estavam infetados.
No total, segundo as mais recentes informações divulgadas pela Câmara de Évora, na terça-feira, havia 52 pessoas diretamente atingidas por este surto da doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Destas, 40 diziam respeito o lar, ou seja, 31 idosos, que agora passaram a ser 30, e nove funcionários, enquanto as outras 12 são pessoas da comunidade.
Contactada hoje pela Lusa, fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo revelou que o número de casos na comunidade passou para 13 e disse que "continua a decorrer o rastreio epidemiológico de contactos, o que implica a realização de mais testes".
No Lar da Quinta da Sizuda encontram-se 28 utentes e nove trabalhadores, todos infetados com covid-19. Os idosos aguardam transferência para uma residência de estudantes na cidade, cedida pela Universidade de Évora.
O presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, chegou a referir aos jornalistas que a transferência deveria acontecer "entre terça e quarta-feira", depois de a residência universitária ser preparada para o efeito, mas até hoje não foi concretizada.
O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de Évora foi ativado na segunda-feira ao final da tarde, por determinação da Comissão Municipal de Proteção Civil do concelho, numa reunião extraordinária.
Na mesma reunião, a comissão deliberou, entre outras matérias, solicitar ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Alentejo Central, em articulação com o HESE, "o seguimento clínico dos utentes, até à determinação da cura", e ao Centro Distrital de Segurança Social "a substituição da equipa de trabalhadores" que atualmente acompanha os utentes, dado que "a maioria se encontra infetada".
De acordo com o autarca de Évora, o lar está ilegal por se localizar numa zona da cidade cujo plano de urbanização não permite este tipo de estruturas.