O único jovem que sobreviveu à tragédia ocorrida na praia do Moinho de Baixo, no Meco, no passado dia 15 de dezembro, ainda não contou nada sobre o que se passou nessa noite alegando sofrer de “amnésia seletiva”, de acordo com o apurado pelo Diário de Notícias.
As circunstâncias em que ocorreu o incidente que tirou a vida a seis jovens, ao serem levados por uma onda, continuam por esclarecer, para inquietação dos familiares das vítimas mortais. Os pais querem uma explicação por parte de João Gouveia, de 23 anos, ‘dux’ (responsável máximo) das praxes da Universidade Lusófona, onde todos estudavam.
Carlos Poiares, psicólogo e docente da Universidade, afirma que João “não está a fugir de ninguém” e que “só terá condições de falar dentro de algumas semanas”.
“Ele viveu uma situação traumática que pode conduzir, de facto, à amnésia seletiva. Neste momento, nem era conveniente que falasse, porque iria reviver os acontecimentos”, confessou Carlos Poiares, acrescentando que não é um autodiagnóstico e que se se fala neste tipo de amnésia é porque foi avançado pelo psicólogo responsável pelo caso de João.
Será este mesmo responsável a avaliar quando é que o estudante estará preparado para falar com a Polícia Marítima de Setúbal.