Joana Marques Vidal, que sucedeu recentemente a Pinto Monteiro à frente do Ministério Público, disse ainda contar com Adriano Cunha para "assegurar o cumprimento do rigor das contas públicas", sem esquecer a restante criminalidade, principalmente a que atinge a essência da pessoa humana, como sejam os abusos sexuais, a violência doméstica e a violência contra os idosos.
A nova PGR sublinhou ainda precisar do vice-PGR para a ajudar a responder às exigências que se colocam nas áreas do direito do ambiente e do urbanismo, do direito das crianças e da família e do direito do trabalho.
"A tarefa não é fácil. Vai exigir capacidade de modernização e de abertura a novas e atuais formas organizacionais. Vai exigir especialização. Vai exigir estudo, trabalho e dedicação", frisou Joana Marques Vidal, observando que só aceitou o cargo de PGR porque sabia que podia contar com o apoio de "uma boa equipa de magistrados" isenta, independente, leal e preparada.
Adriano Cunha defendeu o actual modelo de nomeação do vice-PGR e a manutenção dos poderes conferidos ao Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), prometendo ser o primeiro elemento de uma equipa que coadjuva o PGR.
O vice-PGR prometeu também "ouvir a opinião" dos magistrados que "estão no terreno", numa altura em que decorrem "reformas essenciais", e encetar uma "enérgica perseguição ao crime económico".
A cerimónia contou com a presença da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, da procuradora-geral distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem, do director nacional da PJ, Almeida Rodrigues, e das directoras dos departamentos do MP que investigam os crimes económicos, Cândida Almeida e Maria José Morgado, entre outras figuras.